sábado, 13 de fevereiro de 2010

Manor of [...] Scrolls

Veio de novo. Aquela horrível sensação de solidão. Voltou. Por quê?
Parece um mal-estar, que me percorre por completo, consumindo-me. A agonia parece crescer exponencialmente. Sinto vontade de gritar, quebrar tudo, exacerbar meus sentimentos. Mas, por outro lado, não consigo fazer nada, tudo parece ser tão pesado e sufocante. Gostaria muito de poder falar isso para alguém, assim, pessoalmente, mas não dá. Existe alguém a quem possa recorrer além de mim mesmo? Nem mesmo aqui, seio familiar, consigo vislumbrar alguém, uma ilha (pequena que seja, mas uma ilha que me salvaria). Poderia recorrer àqueles cuja genética não é compartilhada? Dificilmente. Tornei-me presa dos meus próprios espinhos: Quem se atreveria a ultrapassá-los? Como eu poderia sair? Entro em apoptose. Há uma pessoa a quem até poderia pedir ajuda, mas o medo me proíbe. Nela não sei para qual lado pende o fiel da balança: a necessidade de falar x o medo de se decepcionar.
(In)felizmente estas páginas cumprem metade de seu papel... Eu as crio, ninguém as lê. Exceto é claro o meu leitor, a quem inicialmente dedico estas páginas. Mas esse é o grande problema, ele é somente meu leitor, pois só a mim existe. Entro em apoptose, sem deixar debris. A imagem social se salva? Terá valido a pena?

Um comentário:

Leitor não imaginário disse...

Fabio,
às vezes o lugar que criamos para nos esconder do que mais tememos é o lugar que mais tememos (tá, confesso que copiei descaradamente de uma música). A questão é que guardar seus problemas para si com medo de compartilhar com alguém fora de sua família, pode te privar de alguns bons conselhos de amigos.
Sei que parece impossível, mas acho que te entendo um pouco.
O que posso te desejar é força, garoto. Eu me identifiquei bastante com você, então creio que um pouco de suas vitórias, também serão minhas.