segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Koe (Voice) - Tsukiko Amano

Linda música em Japonês. Trilha final de Fatal Frame III - The Tormented. Segue-se a letra em inglês. Realmente linda.

If, for example, you lived at the bottom of the sea
I’d cut my feet off and become a fish
If I got closer to you the deeper I sank
I wouldn’t even mind becoming a shadow that wanders through the endless darkness

My shimmering haze hangs charmingly in the air
I was just drowning in the days that didn’t work out
You’re not here
I know that, I know that

As the sun rises and rises
It purifies the place where I am
The warm, warm wind takes away
The blue stamp imprinted on me

If, for example, these words reach you
You can rip out my vocal cords and throw them away

I was longing, longing
To have lost my stinging wounds
And for your warmth to take everything away
Even if it was just a dream

Your warmth is disappearing, disappearing
Taking with it the place where I am
I want to go to sleep wrapped in your arms
That even wipe out my punishment

The sun rises and rises
Purifying the place where I am
I want to sleep wrapped in your arms
That even wipe out my punishment

As your warmth disappears, disappears
It takes away the place where I am
The warm, warm wind takes away
The blue stamp imprinted on me

The pieces of my memories are rotting away
I don’t have enough piercings to cover myself
I'm forgetting you, you're fading
Your voice fades into the rabble

They're falling away, they're falling away
I don’t have enough piercings to cover myself
I'm forgetting you without a trace
Your voice fades into the rabble

Se tiver tempo, ouça-a e me diga se ela não é mesmo linda.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Medo

Acabou mesmo. Mais um sonho que se choca com a realidade e se desfaz em mil pedaços. Obviamente que eu já esperava isso. Era inevitável. Já estava determinado que essa hora chegaria. E mesmo assim eu continuei acalentando a idéia que não aconteceria. Pior, eu imaginei que o que estava acontecendo era outra coisa. Uma coisa que eu queria que acontecesse. Não queria encarar a realidade.

Agora tenho medo. Fiquei paralisado. O ar não saía nem entrava. Estático. O tempo parou. E aí é que toda a verdade desaba sobre minha cabeça. Quero fazer alguma coisa, desesperadamente. Mas não há nada a se fazer. É isso. É aceitar a realidade e tentar ter forças para seguir em frente. Será que elas existem mesmo?

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Crimson Diary

11.Jan.2009 - Noite

Por que tudo tem que se encaminhar dessa maneira? Qual é, afinal, meu bloqueio? De onde vem tanto medo em agir?

Eu me sinto muito sozinho agora. A desilusão é latente e me persegue. A solidão pulsa como um relógio, no mesmo ritmo, tic-tac, sempre aqui, tic-tac, tic-tac, tic-tac. Como posso esquecer? Tento fugir dela fantasiando, imaginando realidades paralelas, realidades que sejam como eu gostaria. Mas a fuga é apenas momentânea. A fantasia me embriaga por um curto período de tempo, mas na verdade o que ela faz é me erguer, me colocar bem lá no alto, tornando ainda maior e mais violenta a queda em direção ao duro e frio chão da (verdadeira) realidade. Espatifo-me com tudo, a alma fica em migalhas. Recompô-la tem sido cada vez mais difícil.

Escrevo para não enlouquecer. Mais uma vez fantasio. Um leitor imaginário, que subitamente se interesse pelo que se passa, leia as páginas, comente, ajude-me. Mas sei que a ajuda não pode vir de fora. Estou no meio de um labirinto cujas paredes eu mesmo ergui, mas que não tive o cuidado de desenhar um mapa. Estou perdido e sem coragem e arriscar algum dos corredores que se apresentam à minha frente.

O que eu espero? Mal sei. Talvez algum tipo de catalisador, que torne a minha reação mais rápida e fácil. Mais uma vez fantasio. Já houve um dia em que eu pensava que achei essa peça, o formato perfeito que completaria esse buraco no fatal esquerdo. Como me enganei. O êxtase momentâneo deixou-me sem razão, agindo por puro impulso. Quando percebi o estrago estava feito.

E assim eu espero. Quando na verdade não devia.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Crimson Diary

09.Jan.2010 - Ensolarado

Fomos à praia. Estava tudo muito bom e divertido. Os dias foram ensolarados. Descemos a serra e paramos em uma linda cachoeira. Caminhamos muito. Fizemos trilha e andamos de balsa. Tomamos banho de mar. Mares muito bons, exceto aquele que dependendo da hora estava todo sujo de matéria orgânica, mas nada que o inutilizasse. O outro mar era bem calmo e de água translúcida. Para chegar nele tivemos que andar muito, mas valeu a pena. O caminho era de pedras e tinha um corrimão de madeira. Tinha até um PitStop no caminho, realmente paradas eram obrigatórias para se recuperar o fôlego.

Pena que tudo não pode continuar assim. No último dia contraímos alguma virose. Passamos muito mal. Êmese. Mal estar. Dor. Hospital e soro na veia. Uma super viagem.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Crimson Diary

04.Jan.2010 - Chuvoso

Mas e se na verdade nós é que somos as pessoas ruins? Todas as histórias têm um vilão, que as personagens só descobrem quem é de fato nos capítulos finais. E sempre que as ouvimos é do ponto de vista dos mocinhos. E do ponto de vista dos malvados? Aliás, o que sentem e pensam os maus quando cometem seus atos, seus crimes? Provavelmente eles acham que agem correta e normalmente. Logo, como saber que nós é que não somos cruéis? Quem pode garantir que os nossos atos não são atrocidades, que nossas inimizades são na verdade a parte boa do conto? Às vezes me pergunto porque as coisas não funcionam tão bem comigo. Pode ser que eu seja um vilão e, portanto, não me é lícito ter um final feliz, e por isso das coisas não saírem como eu gostaria.

Por que desse sentimento de derrota? Às vezes sinto um grande vazio, como se eu não fosse uma pessoa de verdade, mas como se a vida fosse um autônomo: age, dorme, fala, come - inconscientemente. Na cabeça, muitos planos, idéias de outros tipo de vida que obviamente não podem (mas que gostariam de) ser. Escapismo. A realidade torna-se cada vez menos palatável. É como se eu estivesse passando a esperar uma grande revolução, que renove tudo. Enquanto isso, inércia.

Seria eu mesmo uma pessoa ruim?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Perguntas de Começo de Ano

Feliz Ano-Novo. Hora de renovação. Tentar fazer as coisas pelo menos uma vez sempre certinhas, como o planejado. Estudar mais. Vadiar menos. Conversar mais. Irritar-se menos. Tantas promessas, que parece que o arrependimento bate logo de cara. Será mesmo que será possível cumpri-las, pelo menos nesse ano? Às vezes dá vontade de jogar tudo para o alto, mudar tudo, renovar tudo. Ser outra pessoa, a pessoa que eu gostaria de ser, pelo menos como é (sou) nos meus pensamentos, antes de dormir, imaginar um mundo ideal para mim, com aquilo que eu gostaria que acontecesse. Mas também precisao aprender a divagar menos. Desvencilhar a realidade da ficção. Acabei me desiludindo com muitas coisas. A maioria delas porque ficava acalentando uma imagem de como poderia ser e que na verdade não foram. Nem de perto. Por que será que é tão difícil mudar? Às vezes a gente quer tanto ser alguém melhor e não consegue. O que será que está faltando? Vontade, força, espírito. Ou será que é excesso de imaginação, de desilusão, de achar que as coisas não vão dar certo e não fazer nada, de forma que nada acaba mesmo acontecendo? Como mudar isso? São tantos questionamentos. Provavelmente a maioria deles, senão todos, permanecerão retóricos...