terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A lágrima

Hoje chorei. Chorei por culpa da pessoa que acho a mais desprezível nesse mundo, a única por quem tenho ódio, asco, desprezo. E chorei. Muito. Como uma criança. Não, com certeza, não como uma criança, porque se eu chorasse como uma criança eu me sentiria bem depois, sentiria que pus tudo para fora e pronto, acabou. Mas não foi assim. Chorei e continua doendo, dilacerando-me por dentro. É raiva, é tristeza, é agonia? Não sei precisar... Só sei que dói, as lágrimas queimam, parecem ácido, e meus olhos ardem, mal consigo mantê-los abertos. E por pensar que essa pessoa ( a mais estúpida do mundo, um perfeito idiota, a única coisa que ele sabe fazer ou ser) ainda está aqui e eu pouco posso fazer para expurgá-lo é o que mais me enraivece. Por que teve de ser assim? A saída mais plausível no momento é ignorá-lo, ainda que só por alguns instantes, imaginar a (boa) existência que teria sem a dele. Desabafo para não surtar. Um dia quem sabe eu consiga desabafar com alguém de carne e osso. Pelo menos isso fica. Esperança.

Nenhum comentário: