segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Crimson Diary

04.Jan.2010 - Chuvoso

Mas e se na verdade nós é que somos as pessoas ruins? Todas as histórias têm um vilão, que as personagens só descobrem quem é de fato nos capítulos finais. E sempre que as ouvimos é do ponto de vista dos mocinhos. E do ponto de vista dos malvados? Aliás, o que sentem e pensam os maus quando cometem seus atos, seus crimes? Provavelmente eles acham que agem correta e normalmente. Logo, como saber que nós é que não somos cruéis? Quem pode garantir que os nossos atos não são atrocidades, que nossas inimizades são na verdade a parte boa do conto? Às vezes me pergunto porque as coisas não funcionam tão bem comigo. Pode ser que eu seja um vilão e, portanto, não me é lícito ter um final feliz, e por isso das coisas não saírem como eu gostaria.

Por que desse sentimento de derrota? Às vezes sinto um grande vazio, como se eu não fosse uma pessoa de verdade, mas como se a vida fosse um autônomo: age, dorme, fala, come - inconscientemente. Na cabeça, muitos planos, idéias de outros tipo de vida que obviamente não podem (mas que gostariam de) ser. Escapismo. A realidade torna-se cada vez menos palatável. É como se eu estivesse passando a esperar uma grande revolução, que renove tudo. Enquanto isso, inércia.

Seria eu mesmo uma pessoa ruim?

Um comentário:

Unknown disse...

haha... bem Fábio, acho q vai demorar para vc encontrar este comentário aqui já q faz tempo q vc escreveu já e eu só estou lendo e postando agora. Bem, não desista... uma hora a gente tem uns arroubos de loucura e faz as coisas q tanto queria... só precisa de um empurrãozinho... é só descobrir esse empurrão... no meu caso foi assistir O clube da luta... Renovou meu espírito, saí com uma filosofia nova de vida... e mudou mto mesmo minha vida...
E, comemore (ou não): vc tem uma leitora!